segunda-feira, 30 de novembro de 2009

1º Dezembro - Restauração da Independência


Dá-se o nome de Restauração ao regresso de Portugal à sua completa independência em relação a Castela em 1640, depois de sessenta anos de regime de monarquia dualista (1580-1640) em que as coroas dos dois países couberam ambas a Filipe II, Filipe III e Filipe IV de Castela.


O dia 1.º de Dezembro de 1640 amanheceu de atmosfera clara e muito serena.
Tinham-se os conjurados confessado e comungado, e alguns deles fizeram testamento.


Antes das 9 horas foram convergindo para o Terreiro do Paço os fidalgos e os populares. Soadas as nove horas, dirigiram-se os fidalgos para a escadaria e subiram por ela a toda a pressa.


D. Miguel de Almeida assoma a uma varanda e anuncia ao Povo a libertação do Reino.


Forma-se imediatamente uma grande multidão que aclama El-Rei D. João IV.


Esta Revolução, preparada havia meses, deve-se essencialmente à coragem, à dedicação e ao entusiasmo viril de um punhado de conjurados, jovens fidalgos reunidos em volta de D. Antão de Almada.


É digno e justo apontar às novas gerações o nobre exemplo que esta data encerra. Não devemos esquecer que a acção firme e consciente de uma pequena elite, pode salvar uma situação considerada desesperada.


Quando certos princípios estão em perigo, quando a Justiça e o Direito são ultrajados, a inacção chama-se complacência culpável, e a renúncia chama-se cobardia.


No momento em que a Pátria sofre mutilações e feridas no seu corpo, não podemos tolerar que seja também atacada no seu espírito. A juventude que salvou Portugal em 1640 tem de ser o exemplo da juventude actual para vencermos e aniquilarmos a traição.


A tanto nos obriga o facto de o aniversário da Revolução de 1 de Dezembro ser consagrado como o Dia Restauração da Independência, assim devemos permanecer fiéis ao espírito heróico dos Restauradores.


Como eles, sabemos sacrificar o nosso comodismo ao serviço do Ideal que professamos.Afirmamos que é absolutamente indispensável, que mantenhamos — com toda a dureza, com toda a decisão — a imutabilidade dos nossos postulados iniciais, a permanência dos nossos princípios doutrinários e das nossas técnicas educativas.


O exemplo dos Restauradores da Independência deve nortear todos os nossos propósitos.

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