terça-feira, 18 de maio de 2010

DESABAFO


Portugal precisa de um rumo, isso é um Facto.


Foi esse o Rumo que o PS propôs à maioria inequívoca dos portugueses. O PS fez uma “COLIGAÇÃO” com a maioria dos portugueses!!!

E que rumo é que Portugal precisa?


Recuperar a confiança e mobilizar a capacidade dos portugueses para enfrentar dificuldades e rasgar novas fronteiras;


Lançar um ambicioso Plano Tecnológico, convocando o País para a sociedade da informação, para a inovação, para a ciência e a tecnologia, e para a qualificação dos recursos humanos;


Promover a eficiência do investimento e das empresas, apoiando o desenvolvimento empresarial, promovendo novas áreas de criação de emprego, desburocratizando e criando um bom ambiente de negócios, estimulando a concorrência, garantindo a regulação e melhorando a governação societária.Consolidar as finanças públicas;


Reduzir o Deficit = Reduzir as Despesas Públicas.


Foi com isto que a maioria dos Portugueses se "Coligaram". Parecem-me correctas estas linhas de acção estratégica.Ora bem, mas para recuperar a confiança é necessário uma proposta com credibilidade, Certo?! Até aqui estamos de acordo.


A proposta do PS alia falta de rigor orçamental com o crescimento, fixando objectivos que dizem ser de médio prazo destinados a ultrapassar os nossos problemas estruturais, que não são atingíveis naquele período de tempo.


É, também, necessária estabilidade. Recuperar a confiança exige, igualmente, apresentar soluções e não passar o tempo a criticar os Governos anteriores. Certo?! É que as políticas não podem estar sistematicamente a mudar ao sabor da conjuntura e ao sabor das “coligações” que vão sendo feitas por “Amor à Pátria”.


Pedem-nos para sermos mais Pró-Activos?! Enquanto isso cada vez mais nos ignoram. Cada vez mais roubam mais os nossos parcos salários. Pedem-nos para nos empenharmos em criar uma imagem mais positiva do nosso País, enquanto isso cada vez mais ausente o sentido pela “Pátria”, porque continuamos numa sociedade autista. Pedem-nos para formarmos uma aliança entre vastas camadas da sociedade portuguesa, destinada a projectar internamente e no Mundo uma boa imagem de Portugal e dos portugueses; enquanto isso cada vez mais vamos sentindo na pele os jogos de corrupção e de favores.


Enfim … eu não me “Coliguei” porque não Acreditei...


A agenda de Sócrates/PS, não é, nunca foi ambiciosa não senhor, é e sempre foi uma agenda de mentira, de jogo de poder em que esconde as dificuldades a todos os níveis, de malabarismos engenhosos …


O que é necessário fazer é tão-somente criar um ambiente de rigor e de criação de oportunidades. Um ambiente favorável à mobilidade social, à poupança, ao investimento e à criação de emprego.


O COMO FAZER … meus caros, jogo de ESTRATÉGIA pura e simples, quem se coligou que pense.


Prometeu ensinou os gregos a observar as estrelas, a cantar e a escrever; mostrou como fazer para subjugar os animais mais fortes; demonstrou-lhes como fazer barcos e velas e como poderiam navegar; ensinou-os a enfrentar os problemas quotidianos e a fazer unguentos e remédios para suas feridas. Por último, deu-lhes o dom da profecia, para o entendimento dos sonhos; mostrou-lhes o fundo da Terra e suas riquezas minerais: o cobre, a prata e o ouro e a fazer da vida algo mais confortável.


Prometeu significava, literalmente, “aquele que prevê”.


Quase todos os Governos anestesiam os portugueses; criam-lhes um universo paralelo e virtual onde as coisas acontecem sem esforço nem contrapartidas; auto-estradas que não eram pagas; prestações sociais de fiscalização duvidosa, mas de comparticipações seguras; empregos fáceis e abundantes na administração pública; etc., etc.. Os Governos tornam-se, literalmente em “aqueles que não fazem a mínima ideia do futuro”.


Zeus, vingou-se de Prometeu tornando a Terra num vale de lágrimas e de dor, espalhou as doenças, silenciosas e mortíferas. E cevou a sua vingança em Prometeu, acorrentando-o a um penhasco nas montanhas caucasianas em face de um abismo horrendo, com correntes inquebráveis. Zeus, ainda ordenou que um abutre devorasse todos os dias o fígado do prisioneiro, que sempre se reconstituía à noite.


Os Governos não precisam de Zeus. O seu universo paralelo e virtual é destruído pelas misérias deste mundo: a falta de dinheiro, o défice excessivo, o PEC, dívidas incobráveis, etc..


Quanto à vingança sobre eles próprios, não precisam de ajuda - encarregam-se eles mesmo dela. Quando começam a verificar que o seu universo virtual não é combinável com as duras realidades do mercado, escassez de fundos, descalabro financeiro à vista, amarram-se eles próprio ao Cáucaso da política e criam a lamentosa imagem que lhes está a debicar permanentemente o fígado e o resto das vísceras: são os barões do seu partido, a oposição de direita, a oposição de esquerda, a necessidade de degustar o queijo “limiano”, o povo que não os compreende, blá, blá, blá


Os nossos governos arrastam-se, durante a maior parte do tempo dos seus governos, como vítimas incompreendidas. São o nosso Prometeu, o nosso Prometeu de trazer por casa.


Finalmente os Hércules da política, os eleitores, libertam-no e permitem-lhe um exílio tranquilo, longe do nosso Cáucaso escarpado.


Quando um dia regressam ao nosso Cáucaso, novamente como vítimas, queixam-se de disfunção hepática-política.


Acreditavam num projecto e iam executá-lo, mas acabou por se criar uma «lógica política pantanosa que foi preciso interromper, dando o voto e a decisão ao povo».


O projecto era grandioso, pois tudo indicava que a política orçamental deveria ser conduzida de forma genial para mostrar como é possível fazer prosperar um país após um completo descalabro financeiro. Sentem-se Super-heróis e no fundo foram tratados como Super-vilões.


Enfim os Nossos Governos têm como profissão: Vítimas, agora e sempre…


Desculpem, mas mais uma vez me apetece gritar:

FUCK THE SYSTEM

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