Sempre quis escrever-te, pensei fazê-lo no momento em que descobri que eras apenas humano. Naquele dia, decidi retirar dos teus ombros o fardo de herói, só que já era tarde … e não foi assim há muito tempo.
Quando era criança gostava de quantificar tudo, um dia perguntei-te: “Papá amas-me quanto?” e respondeste: “… Bem filha amo-te, desde quando nem sabias da cor dos teus olhos; amo-te, desde quando eu nem sabia, se eras um menino ou menina; amo-te, desde que passaste a existir como semente; amo-te desde que eras apenas um sonho do meu desejo de pai. O Quanto … Amo-te como daqui á lua e vir, apesar de todos os obstáculos que encontrarmos pelo caminho!”
Fiquei tão feliz … afinal era mesmo muito!
De ti herdei tanto, os olhos, a alegria por vezes falsa, a energia, a garra... o silêncio – emudecer diante da dor. Alguns chamam de indiferença e orgulho. Nós sabemos que não. É apenas o nosso jeito de não incomodarmos o mundo diante da pequenez do que somos.
Rasgámos todos os modelos, porque na dinâmica da emoção e da humanidade, os estereótipos apenas atravancam o nosso processo de conhecimento e doação.
Hoje tenho Saudades … hoje não posso dar-te aquele abraço, nem dar-te o fantástico beijo de esquimó, mesmo assim, o amor que tenho por ti é maior, muito maior que a distância que nos separa, já que é INFINITO.
O amor que tenho por ti vai chegar-TE pelo vento, pelas estrelas, pelo ar … tenho tantas saudades Tuas … Anyway ... Hoje é o TEU DIA Pai e continuo a AMAR-TE MUITO.
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